Histórico de Anori

Construção da Praça Capitão Pedro Silva

O nome de Anori vem da palavra indígena em Nheengatu, “Uanuri” ou “Wanury” regionalmente conhecida como “Ánory”, que significa “tracajá macho”, uma espécie de quelônio da Amazônia brasileira, de tom negro azulado e com manchas amarelas, que sempre puderam ser facilmente encontrados nos lagos da localidade.

Ainda de acordo com os registros na prefeitura da cidade, a história de Anori também é ligada ao município de Codajás, distante 240 km da capital. Em 31 de dezembro de 1943, foi criado, através do decreto estadual número 1186, o distrito de Anori, subordinado a administração de Codajás.

Somente treze anos depois, Anori foi elevado a categoria de município pela lei estadual nº 117, desmembrando-se de seu vizinho e formando o atual município. Ainda segundo os históricos de Anori, ao longo dos anos de existência, o município passou a ser fortemente conhecido no Amazonas, por realizar a “Festa da Laranja”, também devido à abundância do fruto nas terras do município.

O carnaval da cidade, com três escolas de samba (GRES Unidos da Móoca, GRES Verde Amarelo e GRES Diamante do Samba), além de tradicionais blocos de rua, passou a tornar a cidade ainda mais procurada por visitantes, ao longo dos anos de existência de Anori.

Os habitantes da cidade se chamam anorienses. Boa parte da população de Anori vive da agricultura e pesca. O município tem se destacado na produção do açaí, segundo o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM).
Já os serviços têm maior representatividade para a economia local.

O município contava com 21.010 habitantes no último censo. É vizinho dos municípios de Beruri, Anamã e Codajás, a maior cidade nos arredores.

Os primeiros moradores de Anori surgiu em sua maioria de nordestinos que vieram para o Estado do Amazonas no tempo Áureo da Borracha, quando acabou esse período, ficaram por aqui. Antônio padeiro e família iniciaram a vila que hoje chamamos de Boca do Anori, e em 1922 com a vinda de uma grande enchente os moradores tiveram que procurar terra firme, ai fez surgir a nossa cidade com o nome primeiramente de BARRO ALTO, e assim ficou conhecido até se chamar Anori, seus primeiros moradores foram as famílias Ladislau, Albuquerque e Alegário.

Com o passar do tempo a cidade sofreu algumas intervenções políticas por Tenente Oliveira (prefeito biônico) e Coronel Severino (prefeito biônico), mas em 29 de dezembro de 1956 Nelson Ladislau e Pedro Jaime libertam Anori de Codajás com o prefeito Fábio Rodrigues Bastos, iniciando assim a independência de Anori.

As aberturas das ruas de Anori no início todas feitas a base de machado e do terçado todo no sistema artesanal, a chegada de maquinários só se deu com a abertura da Estrada em 1978. Além disso, os primeiros motoristas de Anori deixaram sua marca na história da cidade. Nomes como Raimundinho Brandão, Tibiriçá, Carlito Mota, João Evangelista, Brandãozinho e outros foram pioneiros nessa atividade.
Na imagem, ao fundo, podemos ver o lendário trator do Seu Anízio, que certamente teve um papel importante no desenvolvimento da cidade. 
Abertura da estrada

Gentílico: anoriense

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA


Distrito criado com a denominação de Anori, pela lei estadual nº 6, de 17-07-1893, subordinado ao município de Codajás.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Anori figura no município de Codajás.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 176, de 01-12-1938, o distrito de Anori foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Codajás.

Pelo decreto-lei estadual n 1186, de 31-12-1943, é criado novamente o distrito de Anori, subordinado ao município de Codajás.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Anori figura no município de Codajás.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município pela lei estadual nº 117, de 29-12-1956, desmembrado do município de Codajás. Sede no antigo distrito de Anori.
Constituído de 2 distritos: Anori e Anamã, transferido do município de Codajás, pela lei acima citada.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Anori e Anamã.
Pela lei estadual nº 41, de 24-07-1964, o distrito de Anamã foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Anori.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído do distrito sede.
Pela emenda constitucional nº 12, de 10-02-1981 (Art. 2º - disposições gerais Transitórias), delimitado pelo decreto estadual nº 6158, desmembra do município de Anori, o distrito Anamã e elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

Fonte: IBGE
ASPECTOS FÍSICOS , GEOGRÁFICOS E POPULACIONAIS
Anori é um município brasileiro do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à mesorregião Centro Amazonense e na microrregião Coari. Faz fronteira com os municípios de Anamã, Beruri, Codajás, Coari e Tapauá.
Encontra-se em terras de várzea e anualmente, quando as enchentes do Rio Solimões são grandes, parte da Cidade é alagada. Está a margem esquerda do Rio Solimões, no Lago de Anori.

De acordo com o censo realizado no ano de 2010 pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município de Anori tinha 16.317 habitantes. Em 2015 o total de habitantes foi de 19.292 e em 2016 a estimativa foi de 19.749 habitantes. Sendo assim o quadragésimo quinto município mais populoso do estado do Amazonas e o terceiro de sua microrregião.
A área total do município de Anori em 2010 era de 6.247 Km². Sua densidade demográfica era de 2.82 habitantes/km².
Quem nasce em Anori é anoriense.
  • Distância de Anori para Manaus: Em linha reta 200km | Via fluvial 226km 
  • Festas Populares: Festa da Laranja (maio) / Carnaval (fevereiro) 
  • Santo Padroeiro: Nossa Senhora da Conceição. 
  • Rios Principais: Solimões. 
  • Povos Indígenas: Tikúna, Mura e Apurinã. 
  • Clima: Tropical chuvoso úmido 
  • Temperatura: Máxima de 34ºC | Mínima de 22ºC | Média de 27,8º C 
  • Nº de Comunidades Existentes: 64 
  • População urbana: 10.000 habitantes 
  • População rural: 6.317 habitantes 
  • TOTAL: 16.317 habitantes
FONTE: IBGE – CENSO 2010
Lista de prefeitos antes do Regime Ditatorial de 1964

1- Pedro Jaime (primeiro prefeito eleito pelo voto)
2- Francisco Alberto Brandão (Chico Brandão)

Lista de Prefeitos durante o Regime Ditatorial de 1964

1- Tenente Oliveira  *(prefeito biônico) 
2- Coronel Severino *(prefeito biônico)

Cargos biônicos são aqueles cujos titulares foram investidos mediante a ausência de sufrágio universal e cujo parâmetro para escolha era a sanção das autoridades de Brasília à época do Regime Militar de 1964 nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Tal centralismo garantiu a continuidade do regime e impediu que os objetivos traçados pelos militares fossem alvo de sedições políticas. Na prática, as regiões sob o jugo de governadores e prefeitos biônicos possuíam autonomia reduzida visto que as decisões de relevo vinham do governo central, o que diminuía a influência das forças políticas locais.

Lista de Prefeitos após Regime Militar de 1964

1- Fábio Rodrigues Bastos
2- Carlos de Araújo Marques
3- 
Sebastião Barroso
4- Ernesto Gomes da Rocha
5- Aristeu Alberto Brandão
6- Sansuary Pereira Xavier
7- Jamilson Ribeiro Carvalho
8- Reginaldo Nazaré da Costa (atual prefeito)

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Simbolos:

BANDEIRA

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