Universitários ocupam prédio da UEA contra PEC 55, em Manaus

Ocupação iniciou nesta quinta-feira (10); aulas não foram interrompidas.
Intervenção ocorreu na sede dos cursos de Arte e Turismo, no Centro.
 
Estudantes ocuparam a Escola Superior de Artes e Turismo (Esat) da UEA (Foto: Divulgação)
 
Alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) aderiram à mobilização nacional e ocuparam a unidade da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat), localizada avenida Leonardo Malcher, no Centro de Manaus. Eles são contra a polêmica Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/16 que estabelece um teto para os gastos públicos. A ocupação iniciou por volta das 10h desta quinta-feira (10) e as aulas não foram interrompidas.

Em todo o país, mais de mil instituições de ensino em 20 estados vêm sendo ocupados pela classe estudantil. Os manifestantes são contra a PEC 55/16 - a conhecida PEC 241/16 - que prevê o congelamento dos investimentos públicos em todas as áreas pelos próximos 20 anos, nas três esferas de poder.
 
A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na quarta-feira (9). Foram 19 votos favoráveis contra sete contrários à proposta.

"Se aprovada a Pec, os investimentos na saúde e educação não vão mais existir. Hoje em dia a UEA sobrevive com pouco mais que 1% de arrecadação do Polo Industrial de Manaus. Caso essa PEC seja aprovada não vamos mais poder investir na universidade, além do que já tem hoje", apontou o estudante do 6º período do curso de Teatro, Maik Motta, 22 anos.

Para a universitária Priscila Conserva, 27 anos, que cursa o 6º período de Teatro, a proposta pode contribuir para o desencadeamento do sucateamento das universidades.
 
"A PEC vai piorar uma situação que já não esta boa. Os elevadores (do prédio da Esat) estão todos quebrados, tem gente que não esta assistindo aula porque não consegue subir as escadas. Sem contar, que não temos uma estrutura suficiente de salas e professores. Com a PEC todas essas coisas que estamos tentando conquistar vão ser muito mais difíceis e vamos ter uma universidade sucateada", apontou.
Os estudantes realizaram duas assembleias no início da semana que aprovaram o início da ocupação para esta quinta-feira (10). Durante todo o dia, o grupo realizou oficinas e palestras alertando sobre as consequências da PEC, caso seja aprovada.

"Nosso ato hoje é uma mobilização para conscientizar os acadêmicos que ainda não conhecem muito sobre a PEC, a reforma e como ela vai nos atingir daqui a algum tempo", disse Maik.

Em nota, a assessoria de comunicação da UEA informou que a ocupação é pacifica e que as aulas não foram interrompidas.

Fonte: G1

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