O ex-prefeito de Barreirinha, localizado no interior do Amazonas, Mecias Pereira Batista, foi sentenciado a seis anos e sete meses de prisão em regime semiaberto. Ele foi condenado por adquirir passagens aéreas para familiares e outras pessoas utilizando os recursos da prefeitura.
Segundo a acusação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Batista utilizou os fundos da Prefeitura para adquirir um grande volume de passagens aéreas da empresa Yara Turismo, sediada em Parintins. Esses bilhetes eram destinados a indivíduos que não tinham vínculo com o quadro de servidores públicos municipais em Barreirinha.
Os beneficiados incluem filhos e netos do ex-prefeito, os quais realizaram diversas viagens entre Manaus e Parintins durante o período em que Batista estava no cargo (de 2009 a 2016). Essas transações estão comprovadas nos registros do processo.
De acordo com o Ministério Público, a Yara Turismo emitiu duplicatas em nome da Prefeitura Municipal de Barreirinha para cobrir os custos de várias passagens usadas pelos netos de Batista - Laura Batista e Nicolas Batista; seus filhos Maiki Batista, Tayna Batista e Mecias Pereira Batista Júnior; assim como sua nora, Michele Santos.
O processo também revela que o ex-secretário de educação do município, Renilson Andrade, continuou a receber passagens aéreas custeadas pela prefeitura, mesmo após ter sido exonerado.
Além disso, a cunhada do ex-prefeito, Creuza Noronha Monteiro, também foi beneficiada com passagens aéreas, mesmo após sua exoneração do cargo de Assessora Especial.
Segundo o Ministério Público, Mecias Batista adquiriu as passagens através da Yara Turismo enquanto exercia o cargo de prefeito municipal.
O ex-prefeito alega ter pago por todas as passagens com seus próprios recursos. No entanto, segundo a denúncia do MP, ele não apresentou recibos que confirmem tais pagamentos.