A campanha faz parte das ações para promover a erradicação da febre aftosa no Estado. Produtores devem vacinar bovinos e bubalinos.
Produtores rurais de 41 municípios do Amazonas devem vacinar todo o seu rebanho (bovinos e bubalinos) contra a febre aftosa a partir do dia 15 de março, próxima quarta-feira. A campanha do Governo do Amazonas faz parte das ações de Defesa Sanitária Animal para promover a erradicação da febre aftosa em todo o Estado, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A primeira etapa da campanha “Amazonas sem Aftosa”, coordenada pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), inicia no dia 15 de março e segue até o dia 30 de abril abrangendo os municípios de Alvarães, Amatura, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
Para o secretário de Produção Rural, Hamilton Casara, a vacinação do rebanho é uma das principais ações do Governo dentro do trabalho de defesa agropecuária, somado a demais atividades importantes para a erradicação desta doença. Segundo ele, o Estado tem se destacado pelas ações desenvolvidas e atendido as metas estabelecidas pelo Governo Federal, através do PNEFA, permitindo desta forma o avanço na classificação de risco e a obtenção do reconhecimento de área livre de febre aftosa com vacinação. Atualmente o Estado tem o status de médio risco para a aftosa.
“O Governo tem realizado ações importantes nessa área, tais como a ampliação de barreiras sanitárias, a implantação e reestruturação de escritórios da Adaf, a implementação de recursos humanos, entre outros, além de firmar parcerias técnicas importantes, como a efetuada com o Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas), que apoia e reforça as ações em alguns municípios do Amazonas, fornecendo orientação e suporte aos produtores”, pontuou.
Cobertura vacinal
De acordo com o presidente da Adaf, Alexandre Henrique de Araújo, a cobertura vacinal da última campanha alcançou 93% do rebanho. A vacinação, segundo ele, garante a sanidade animal e possibilita a abertura de mercado, a valorização do rebanho e o livre comércio de animais, produtos e subprodutos para todo o país.
A vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser aplicada em bovinos e bubalinos de todas as idades. Em 16 municípios a vacina (ver tabela) será comercializada em Casas Agropecuárias credenciadas e nos outros 27 as doses podem ser compradas nas unidades locais do Idam. O preço médio da dose de vacina oscila entre R$ 1,80 e R$ 2,20.
A estimativa para imunização nesta primeira etapa é de aproximadamente 500 mil cabeças de gado. Segundo Alexandre, é preciso reforçar, ainda, a importância da notificação. “Além de vacinar é preciso notificar. Assim que vacinar o produtor deve procurar um escritório do Idam ou da Adaf em seu município e notificar a vacinação. A notificação garante o registro do rebanho no sistema da agência de defesa e o repasse dessa informação ao Mapa”, reforça.
Quem não vacina e não notifica está passível a penalidades como a multa. Não pode, ainda, retirar Guia de Trânsito Anima (GTA) - documento obrigatório para o trânsito de animal dentro e fora do Estado -, não pode participar de eventos pecuários e tão pouco transportar os animais para comercialização. No Amazonas, a multa é de R$ 40,00 por cabeça de gado não imunizado além de mais R$300,00 por propriedade e pagamento dos custos de deslocamento para ADAF realizar a vacinação, de acordo com a Lei nº 2.923, de 27/10/2004, e Decreto nº 25.583, de 28/12/2005.
Vacinas vendidas no IDAM
Vacinas vendidas no Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), em 27 municípios: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Coari, Codajás, Fonte Boa, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Maraã, Nova Olinda do Norte, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins e Uarini.
Vacinas na Casa Agropecuária
Vacinas vendidas na Casa Agropecuária, em 16 municípios: Urucará, Urucurituba, Parintins, Maués, Nhamundá, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Iranduba, Itacoatiara - Novo Remanso, Careiro, Careiro da Várzea, Barreirinha e Autazes - Novo Céu.
O que você precisa saber
A primeira fase está dividida em duas etapas:
I etapa: 15 de março a 30 de abril
II etapa: 15 de Julho a 31 de agosto
Municípios da Fase I
41 municípios: Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará, Urucurituba.
O que é a febre aftosa?
É uma doença causada por um vírus altamente contagioso, que acomete bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais de cascos fendidos.
É obrigatória a vacinação?
A vacinação é obrigatória e deve ser realizada em bovinos e bubalinos de todas as idades.
Qual o valor da vacina?
Entre R$ 1,80 e R$ 2,20.
Não deixe para última hora
Não deixe para última hora. A vacinação e a notificação são obrigatórias. Ao vacinar o rebanho o produtor também deve notificar. O prazo de notificação é de 15 de março a 15 de maio. A NOTIFICAÇÃO deve ser feita nos escritórios da Adaf e Idam. É preciso apresentar a nota fiscal ou o recibo de compra da vacina do Idam.
Multa para quem não vacinar?
A multa para quem não vacinar é R$ 40 por animal + R$ 300 por propriedade + custo de deslocamento para Adaf realizar a vacinação, de acordo com a Lei nº 2.923, de 27/10/2004, e Decreto nº 25.583, de 28/12/2005.
O que o produtor deve saber?
1. Vacine seu gado de forma correta e nas datas previstas no calendário nacional de vacinação;
2. Compre as vacinas em lojas autorizadas pela Adaf ou Idam (de acordo com o município).
3. Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma parte da vacina. Não guardar as vacinas em congelador. A vacina deve ser conservada em temperatura de 2ºc à 8ºc.
4. Mantenha a vacina armazenada no gelo até o momento da aplicação.
5. O processo de vacinação deve ser conduzido de uma maneira tranquila, de preferência nos horários mais frescos do dia.
6. Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml.
7. A aplicação adequada é na tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele.
Importante
Ao alcançar o status de livre da aftosa, o Amazonas incrementa todo País no cenário comercial internacional de exportação de carne, praticamente sem barreiras, garantindo maiores vendas para a carne e outros derivados da pecuária.
Livre da Aftosa abre-se as fronteiras do Estado para a comercialização de nossos produtos. O Amazonas consegue trazer animais geneticamente melhorados – impulso para a economia local.
Benefício econômico
Livre da Aftosa, o Amazonas adquire, automaticamente, valor agregado a todos os produtos de origem animal. A arroba do boi sobe 15%, por exemplo, ganha um aumento de até 15% no valor de mercado local. Vale salientar que o Brasil está entre os três maiores exportadores de carne do mundo.
A busca pela certificação de área livre de febre aftosa com vacinação - O Amazonas, Roraima e o Amapá ainda não são livres da aftosa com vacinação. Além das campanhas sazonais, o Governo do Amazonas mantém seus técnicos em alerta para aqueles produtores que não vacinaram seus rebanhos em períodos estabelecidos pelo calendário.
Atualmente o Amazonas possui o status de médio risco, segundo o Mapa. O Estado tem, ainda, quatro municípios com status sanitário livre de aftosa com vacinação
reconhecido internacionalmente: Boca do Acre, Guajará, Sul de Lábrea e Sul de Canutama. Atualmente a cobertura vacinal do Amazonas (estimativa da última campanha 2016) é de 93%. A meta é atingir 100%.
Maiores rebanhos
O maior rebanho do Amazonas está localizado nos municípios de Boca do Acre, Apuí, distrito de Santo Antônio de Matupi, em Manicoré. Estima-se que a pecuária represente 2,5% do PIB estadual, numa parcela de 8% de todo setor primário. O Amazonas possui 1.136.232 Bovinos e 74.277 Bubalinos alcançando um rebanho total de 1.210.509. Atualmente, segundo dados da Adaf são 12.372 produtores.
1º maior rebanho: Boca do Acre: 344.938 (bovinos), 269 (bubalinos) = 345.207 (total).
2º maior rebanho: Apuí: 132.182 (bovinos) e 189 (bubalinos) = 132.371 (total).
3º maior rebanho: Manicoré: 103.829 (bovinos) e 51 (bubalinos) = 103.880 (total).
Último registro de aftosa
O último caso de aftosa ocorreu em 10 de setembro de 2004 no município de Careiro da Várzea em uma propriedade. O vírus foi registrado em bovinos com idade entre 12 e 24 meses. A propriedade foi interditada. O amazonas não registra a doença desde 2004. O Brasil não registra desde 2005, quando houve um caso no Paraná e outro no Mato Grosso do Sul.
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